segunda-feira, 7 de outubro de 2013

O moralismo do “excepcionalismo” norte-americano (1/2)

Quando o cinismo é virtude e a sinceridade um defeito

4-6/10/2013, [*] Andrew Levine, Counterpunch
Traduzido e comentado pelo pessoal da Vila Vudu

Entreouvido no quiosque Reserva Ilegal na Vila Vudu: No Brasil-2013, a doença do “excepcionalismo” moralista fascistizante se manifesta, nua e crua, nessa DETESTÁVEL Marina Silva. Os comentários publicáveis do pessoal da Vila Vudu estão em vermelho.

Dick Cheney (E) e George W. Bush (D)
Os neoconservadores, cujas ideias levaram a ainda mais massacres e destruição quando George W. Bush e Dick Cheney imperavam no império norte-americano, e seus equivalentes funcionais, os intervencionistas humanitários que assumiram com Barack Obama, sempre voltam, em momentos oportunos, com sua conversa fiada sobre o excepcionalismo norte-americano.

É uma dessas expressões, como “o sonho americano”, que não têm significado fixo, só vagas conotações, mas que são às vezes úteis, em contextos políticos.

Seguindo a liderança dúbia dos autores dos discursos de Ronald Reagan, expoentes contemporâneos daquela ideia moralizaram o conceito. Para eles, o excepcionalismo norte-americano significa a superioridade moral dos EUA [no caso da DETESTÁVEL Marina Silva, o excepcionalismo significa a uma pressuposta superioridade moral (fascista e fascistizante), dela mesma, sobre o restante do universo].

Essa compreensão é ideologicamente perniciosa, filosoficamente incoerente e absurda já à primeira vista. Mas tem sua utilidade.

O presidente Obama, no discurso do dia 24/9 à Assembleia Geral da ONU, mostrou as sujeiras que se ocultam no conceito e usou-o de modo esperto.

Barack Obama 
É pena que aquele discurso, e o arrogante “agitar os sabres” contra a Síria, que o precedeu, já tenha desaparecido no buraco negro da memória dos norte-americanos. Se seus 15 minutos de fama durassem um pouco mais, o ridículo dos argumentos de Obama ter-se-ia tornado tão visível, que não deixaria de ser percebido sequer pela nossa mídia servil e analfabeta.

Mas o Tea Party entrou logo em ação, para impedir que acontecesse. Em manifestação de extrema obstinação, mesmo para eles, decidiram “trancar” o governo, até que Obama desista de exigir que o Estado financie seu projeto de assistência pública à Saúde [a lei chamada Affordable Care Act (“Obamacare”)].

O foco do noticiário, assim, mudou. E ninguém mais deu qualquer atenção aos gaguejantes esforços de Obama para justificar a belicosidade norte-americana, para divisões do Partido Republicano e os pobres de espírito e imbecis do Tea Party que comandam o show.

Esse desenvolvimento nem seria de todo mau, se a imprensa-empresa tivesse cuidado de esclarecer que a reforma aos quais os Republicanos tão furiosamente se opõem hoje é, na essência, plano dos próprios Republicanos – forjado no início dos anos 90s na Heritage Foundation, como alternativa ao projeto de Hillary de reforma da Saúde (“Hillarycare”), e implementado, há apenas alguns anos, em Massachusetts, pelo governador Mitt Romney.

Mas já seria esperar demais da imprensa-empresa. E aconteceu que, assim, o discurso no qual Obama proclamou a absoluta probidade dos EUA passou sem críticas.

Com isso, uma compreensão moralista do excepcionalismo norte-americano [e do excepcionalismo MORALISTA da DETESTÁVEL Marina Silva, então, nem se fala!] permanece aí, na arena pública, e sempre causando grave mal.

Eduardo Campos e Bornhausen (pai e filho) esperando Godot, digo Marina...
Assim, portanto, não há dúvida alguma de que da próxima vez que se tratar de alguma nova aventura militar no Oriente Médio ou onde for, a conversa fiada sobre o intervencionismo neoconservador-humanitário voltará à tona.

Expô-lo e discordar dele, portanto, ainda é oportuno, mesmo sem a atenção da imprensa-empresa, tão urgente hoje quanto há poucos dias.

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O que Obama disse em defesa da ideia foi mais que simples deslize – em parte porque Obama misturou o excepcionalismo norte-americano com um seu pessoal excepcionalismo [o mesmo se pode dizer também do excepcionalismo metido a “ético” dessa DETESTÁVEL Marina Silva, que também se vê, ela mesma, como excepcionalíssima e exemplar, a DETESTÁVEL].

O golpe de mão retórico já se tornou familiar, na Era de Obama.

Obama o usa, por exemplo, para enfrentar a crescente indignação popular contra o estado de vigilância que ele ativamente comanda.

Edward  Snowden
As revelações de Edward Snowden trouxeram ao conhecimento dos cidadãos norte-americanos a intervenção e as interferências da guerra que Bush-Obama move contra proteções seculares dos direitos individuais nos EUA. Mas não se preocupem! Obama cuidará para que a Agência de Segurança Nacional e os demais espiões ajam sempre de boa fé. E como poderia não ser assim? A superioridade moral de Obama está acima de qualquer suspeita: ele é excepcional [não é exatamente o que diz a DETESTÁVEL Marina Silva, promotora marketeira incansável da sua própria pessoal superioridade moral sobre o resto do universo?! DETESTÁVEL! DETESTÁVEL, Marina Silva!].

Assim sendo, pois, mesmo que seu governo arrase os direitos à privacidade e as garantias ao devido processo legal, esse presidente, intelectual notável, especialista em Direito Constitucional, de braços dados com o Procurador Geral, Eric Holder e outros subalternos do estado de vigilância, merecem confiança implícita: eles são confiáveis em si [é ver a DETESTÁVEL Marina Silva! Ela também se apresenta como confiável em si, a DETESTÁVEL!].

Eles farão a coisa certa, não apenas porque são bons, mas porque são tão bons que nem precisam de leis que só servem para conter outros; eles são excepcionais demais, para precisarem de leis [e o que foi aquilo de a DETESTÁVEL Marina Silva pedir aos juízes que “abrissem uma exceção” só para ela e aprovassem a constituição de um partido que NÃO REUNIU o número mínimo necessário de assinaturas para ser legalmente constituído?! É a doença do excepcionalismo! A DETESTÁVEL Marina Silva sente-se excepcional, superior à lei!].

Assim também, nos negócios estrangeiros, o Presidente Drone quer ser livre para matar a mancheias, como bem entenda. E então pede confiança cega, total – sob o argumento de que os EUA são e sempre foram o melhor e mais consistente garantidor da liberdade e da justiça do mundo [é ela, é ela! Marina Silva também pede confiança total, porque, diz ela, seria, só ela, a DESTESTÁVEL, sem partido, sem assinaturas, sem votos... garantidora universal da liberdade e da justiça DO MUNDO!].

Obama, o presidente DRONE

Na ONU, disse Obama, que os EUA não são apenas um estado a mais, como os outros [é como ouvir Marina Silva, a DETESTÁVEL, argumentando em causa própria!]; a bondade essencial dos EUA os põe numa categoria à parte, só eles [só ELA, a DETESTÁVEL, que seria melhor que o resto de toooodos os partidos e políticos e candidatos do UNIVERSO!].

Pouco importa que, no mundo real, os EUA, especialmente (mas não só) depois da 2ª Guerra Mundial, tenham sido, de longe, o principal perpetrador de violência e morte pelo mundo, e promotores de algumas das mais viciosas ditaduras que a humanidade jamais conheceu.

O que importa é que, mesmo quando cometem erros, os EUA são essencialmente bons [o leitor, se quiser, que comente: pode-se ver a DETESTÁVEL Marina Silva em cada frase desse artigo que visa a mostrar que o excepcionalismo – sobretudo quando é moralista, e o excepcionalismo da DETESTÁVEL Marina Silva é MUITO moralista – é doutrina SEMPRE fascistizante. OK. OK. Isso até o Putin já disse!].

Por isso, então, é que o mundo deve reconhecer que a Pax Americana [e a Rede Sustentabilidade da DETESTÁVEL Marina Silva!] seria(m) a última esperança para o planeta.

Obama disse aos líderes mundiais que ouviam seu discurso, que os povos do mundo já sabem disso, no fundo do coração [é ela! É ela, a DETESTÁVEL Marina Silva]. O problema é que caíram nas garras de ideologias que dizem outra coisa [Alô, alô, Marina Silva, a DETESTÁVEL! Marina Silva fala keném aquele Capriles, na Venezuela, sô!] – e, por isso, não sabem que sabem.

Sempre há ideologias “antiamericanas” à mão. O comunismo se foi, e o nacionalismo secular se esvai. Mas o islamismo surgiu para preencher o vazio. O Líder do Mundo Livre [nossa neo-Madre Teresa de Calcutá, nossa neo-Santa Terezinha, ela, a DETESTÁVEL Marina Silva] sabe disso muito bem. Desde o final dos anos 1970s, governos norte-americanos só fazem soprar as brasas.

Leona Helmsley
Assim aconteceu que, nas palavras da falecida (e não pranteada) Leona Helmsley, impostos são para “gente pequena”; e leis são para os “menos excepcionais” [é isso, precisamente, que significa o movimento da DETESTÁVEL Marina Silva, que pede que o STF não aplique a ela... leis que se aplicam a todos os “menos excepcionais” que ela, a DETESTÁVEL].

Porque são excepcionais, os EUA podem fazer o que bem entendam da lei internacional – não porque possam, mas porque são bons. E é ainda mais verdade hoje, porque hoje os EUA são presididos por alguém obviamente confiável e sábio – nada menos que um laureado pelo Prêmio Nobel!

Vale o mesmo, em grau menor, para países que participam da bondade essencial dos EUA – Israel, é claro, a Grã-Bretanha, às vezes a Alemanha e a França, além de outros sempre obedientes estados europeus.

Por outro lado, estados e povo inferiores, os nada-excepcionais, têm de respeitar as leis – sem exceção e sem exepcionalidade. Quando não obedecem, ou quando Obama [ou a DETESTÁVEL Marina Silva] acham que não estão obedecendo adequadamente, então os estados e povos inferiores devem ser massacrados, espancados até que obedeçam, por todos os meios necessários, e conforme interesse aos objetivos da política eleitoral dos EUA.

Em outras palavras, Obama, na ONU, fez mais do que jogar a carta “da liberdade” [a DETESTÁVEL Marina Silva joga, sempre, a carta “da moralidade” e da “ética” e da “transparência” udenistas-golpistas à moda Roberto Jefferson/Folha de S.Paulo, para nem falar da carta “ecológica” – de “ecologias” à moda Al Gore]:

Obama tentou justificar por que ele sempre usa a “carta da liberdade” como lhe dê na telha.
Desnecessário dizer, poucos, naquele dia, sentiram-se incomodados pela violência do argumento de Obama. Ali, ninguém é bobo. Todos sabem que, na arena da política mundial, a força bruta, sempre que obrigada a justificar-se, recorre ao mesmo rol de nobres propósitos [nisso, a DETESTÁVEL Marina Silva é igual a todos os bornhausens-brucutus do universo e nada tem de excepcional].

Mas Obama é diferente dos massacradores humanitários que hoje mandam no mundo, porque Obama é sincero ou – o que dá praticamente na mesma – excepcionalmente confiante na própria capacidade de enganar todos todo o tempo e de se autojustificar [a DETESTÁVEL Marina Silva também parece sincera: é fascista sincera [1] – como há tantos bornhausens e waacks e malafaias sinceros pelo mundo].

Será que Susan Rice e Samantha Power – ou, porque dá na mesma, John Kerry, Hillary Clinton e Barack Obama [e a DETESTÁVEL Marina Silva e Bonhausen, seu companheiro de partido e o pastor Malafaia, dentre outros] – acreditam no nonsense que vivem a enunciar? Por terrível que soe a ideia, tudo leva a crer que sim, acreditam.

Barack Obama, Susan Rice e Samantha Power, os "excepcionais"
Talvez a sinceridade torne esses fascistas menos detestáveis, no plano ético, que outros do seu grupo em outros tempos e lugares. Mas, por razões que Niccolò Machiavelli já decifrou há muito tempo, o cinismo, pode ser e muitas vezes é virtude, no reino da realpolitik; e a sinceridade, é vício. Não há nem sinal de que Obama [e outros fascistas sinceros, como a DETESTÁVEL Marina Silva] compreendam isso.

Talvez o velho Obama, o outro, dos tempos em que ainda não entrara na política norte-americana, compreendesse bem. Sabemos que, então, ele estava menos exposto às discussões públicas. É claro que anos de serviços prestados como office-boy do capitalismo mundial são sempre e necessariamente degradantes, no plano moral; mas os mesmos anos e os mesmos serviços também são degradantes no plano intelectual e emburrecem.

O problema de defender uma compreensão moralista do excepcionalismo dos EUA [e do próprio excepcionalismo, de um perverso, doentio, autoproclamado excepcionalismo pessoal, no caso da DETESTÁVEL Marina Silva] não é só que ele seja, sempre e necessariamente, desmentido pelos fatos. Ainda mais grave, é que o excepcionalismo é sempre um conceito filosoficamente sem sentido.

A razão disso, em resumo, é que não há, nem pode haver, excepcionalidade ou “excepcionalismos”, nunca, em nenhum caso, no plano moral. Ninguém pode ser “mais moral” que ninguém.

Digamos que a ética ofereça um modelo de como a pessoa deve agir; e que a moralidade designa uma espécie de ética – alguém afirma que, em dadas circunstância, deve-se agir (e decidir) a partir de um ponto de vista imparcial, como agente neutro.

Essa ideia é básica, na compreensão moderna sobre o Direito e a Justiça; mas mesmo no alvorecer da idade moderna, essa já não era ideia nova. A mesmíssima ideia já aparece antecipada nas teorias éticas de muitas tradições religiosas, em todo o mundo.

A Regra de Ouro é bom exemplo. Fazer ao outro o que queremos que o outro faça a nós implica que, do ponto de vista em questão – o ponto de vista moral –, o que nos diferencia uns dos outros não conta; que, para determinar o que nós temos de fazer, como seres morais, só conta o que haja de igual, de comum, entre todas as pessoas.

Praticamente todos os ramos da teoria ética assumem o ponto de vista moral. Mas tudo isso, também, já foi objeto das mais duras críticas.

Karl Marx criticou, embora suas preocupações só tivessem a ver com aplicações do ponto de vista moral ao mundo real das sociedades divididas em classes, não com o conceito em si.

Para Marx, numa sociedade ideal, o comunismo rumo ao qual a história anda – seria capaz de institucionalizar genuinamente a igualdade moral de todas as pessoas. Mas o comunismo que o mundo conhecia, no qual a luta de classes ainda imperava, a moralidade institucionalizada muitas vezes funcionaria como ficção, como uma ilusão, que reforçaria o sistema ainda existente, de dominação de classes.

Friedrich Nietzsche
Friedrich Nietzsche foi crítico mais radical da moral; pôs em discussão a própria noção de igualdade pressuposta na igualdade do ponto de vista moral e, assim, pôs em questão a própria moralidade.

Para defender sua ideia, Nietzche usou as noções de virtude e das diferenças inerentes entre os seres humanos que têm raízes nas tradições éticas da antiguidade grega e romana e no pensamento de outras civilizações “do herói”.

Gente, como Barack Obama [e a DETESTÁVEL Marina Silva & seus bispos-comerciantes & seus udenistas aliados], que propõe o excepcionalismo dos EUA [e deles próprios, no caso da DETESTÁVEL Marina Silva & canalha adjunta], são, sempre, indiscutivelmente, defensores da divisão de classes que Marx abominava; e de modo algum podem ser acusados de nutrir qualquer simpatia pelo tipo de pensamento ético que Nietzsche inaugurou.


Se convocados a explicar a posição deles, com certeza rejeitariam a ideia de que haja uma gradação de bondade inerente entre pessoas – ou nações [quanto à DETESTÁVEL Marina Silva... Não sei não... Ela, bem visivelmente, se sente MUITO MAIS BOA que o resto da humanidade, ou, no mínimo, sente-se MUITO MAIS BOA que o resto da humanidade ao sul do mundo, isso, com certeza].

Dado que rejeitaria a ideia de serem ‘mais moral’ que o resto da humanidade, Obama tomou o cuidado de basear a sua noção de que os EUA seriam “mais morais”, nos bons feitos dos EUA pelo mundo e no gigantesco sacrifício de “sangue e dinheiro” [a DETESTÁVEL Marina Silva baseia a ideia de que ela seria “mais moral” que o resto do mundo, nos bons feitos da “ecologia” de Al Gore & ONGs, da empresa Natura e do Banco Itaú. É pouco. É NADA. Mas para os “éticos” udenistas e para os “ecológicos” de salão de condomínios privados e respectivos jornalistas Ninjas... tá de bom tamanho.].

Não faz diferença que a pressuposta bondade desses bons feitos não passe de pura fabulação. Não importa, sequer, que os EUA tenham saído muito bem da 2ª Guerra Mundial, em contraste com o estado em que ficaram outros beligerantes, nem que o peso que a maioria dos norte-americanos tenham tido de carregar por causa da dominação norte-americana seja muito leve, se comparado ao peso que os EUA impuseram e continuam a impor às nações e povos que dominam [na prática, é como se a DETESTÁVEL Marina Silva argumentasse, a favor das próprias pressupostas excepcionais bondade e moralidade, que o Banco Itaú pesa(ria) menos, sobre o nosso lombo, que o Bolsa-Família, por exemplo].

É como se os mais pobres, condenados econômicos que nossos governantes liberais insistem em manter sob risco de vida, tivessem sofrido só um pouquinho. Muitos norte-americanos foram levados ao desespero, muitos se suicidaram – não em guerras para defender-se, mas em guerras para implementar o intervencionismo neoconservador humanitário e ensandecido. Mas o sacrifício deles passa despercebido para a vasta maioria dos norte-americanos que não fazem sacrifício algum.

Em resumo, há imensa quantidade de fato contra, não a favor, do argumento de Obama. Mas que não existe o tal de “capital moral” – se não nas máquinas de propaganda que servem aos que tenham interesse em justificar o próprio privilégio e a opressão do próximo e, para isso, apelam a eventos históricos de passados próximos ou distantes.

Acontece sempre. Quando Israel se autoproclama “o estado do povo judeu”, Israel clama para ela o direito excepcional de fazer o que lhe dê na telha contra os palestinos, ou contra quem for, por causa do que os nazistas fizeram aos judeus europeus há mais de meio século. Às vezes, Israel chega a sugerir que a condição de vítima é parte da condição excepcional dos judeus, o que, de algum modo, liberaria Israel para transgredir todas as normas usuais da conduta internacional [para a mesma finalidade, a DETESTÁVEL Marina Silva usa sua condição de ex-seringueira, sua condição de mulher e, até sua condição de ex-petista – mas ainda não usou sua condição de ex-Verde nem sua condição de ex-católica – e só visou, até agora, a tentar transgredir leis nacionais, felizmente!].

Os israelenses, pelo menos, conseguem ainda montar um caso, espúrio, mas um caso, em defesa do próprio excepcionalismo moral. Se Obama tentasse explorar alguma condição de vítima, para justificar o excepcionalismo dos EUA, não seria crível. Mas ainda que houvesse argumento possível para defender algum excepcionalismo moral, não seria importante nem faria diferença alguma.

Não há meio lógico para defender qualquer excepcionalismo no plano moral, porque, nesse caso, sempre teríamos o mais interessado em demonstrar sua exclusiva moralidade excepcional, a argumentar em causa própria: seria o pressuposto excepcional, a defender uma exceção para ele mesmo, e só ‘porque’ ele mesmo se autodeclara excepcional. A própria noção se autodesmente.

Marina Silva
por Cícero
[Aí está o xis da questão do golpe da moralidade excepcional que a DETESTÁVEL Marina Silva tenta aplicar ao Brasil, movida por ambição pessoal, individual, sem partido que a possa representar (pois se é ambição/perversão PESSOAL!), alimentada pelo dinheiro e pelos interesses de bancos e empresas privadas e pela moralidade autoproclamada e pervertida, excepcionalista veeeeeelha, da velha UDN brasileira golpista, ainda encastelada no Grupo GAFE – Globo-Abril-FSP-Estadão].

[E, porque o excepcionalismo moral que a DETESTÁVEL Marina Silva proclama para ela mesma é noção lógica que se autodesmente, nada disso sobreviveria, sequer até hoje, e tampouco sobreviveria no futuro, sem a contribuição muito ativa da imprensa-empresa brasileira golpista, que terá de trabalhar muito para REMENTIR, todos os dias, uma noção que, se deixada entregue ao bom-senso humano, sempre será fácil e rapidamente desmascarada].
(Continua)
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Nota dos tradutores
[1] “O que nunca muda é que sempre haverá fascistas. Diferente, hoje, é que os fascistas são sinceros” (a personagem jornalista de FR3, em GODARD, Jean-Luc Godard, Film socialisme, 2010).
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[*] ANDREW LEVINE é um Senior Scholar do Institute for Policy Studies e, mais recentemente, autor dos livros THE AMERICAN IDEOLOGY (Ed. Routledge) POLITICAL KEY WORDS (Ed. Blackwell), bem como de muitos outros livros e artigos em filosofia política. Seu livro mais recente é In Bad Faith: What’s Wrong With the Opium of the People. Foi professor (filosofia) da University of Wisconsin-Madison e professor pesquisador (filosofia) da University of Maryland, College Park. É co-autor do livro Hopeless: Barack Obama and the Politics of Illusion (AK Press).

Um comentário:

  1. Temos que fazer alguma coisa URGENTE, ou até acho que é tarde demais, por que A DETESTÁVEL esta quase no planalto.
    Como se sabe os EUA vêm interferindo no país desde sempre e estão contando com A DETESTÁVEL não só para o Brasil como para desestabilizar a América do Sul.
    Triste.

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