quinta-feira, 5 de janeiro de 2012

Eleições nos EUA, a “democracia” de sempre


*Laerte Braga

A maioria dos analistas políticos que se debruçaram sobre os resultados das primeiras primárias do Partido Republicano no estado de Iowa destacaram o aspecto religioso que pode influir de forma decisiva na indicação do adversário de Barack Obama no final do ano.

Oito votos separaram o mórmon Mitt Romney do evangélico – chamado de direita cristã – Rick Santorum mantendo um suspense até o último momento da apuração. Romney disse que os EUA não darão um dólar para salvar a Europa da crise que devasta a zona do euro e Santorum já anunciou que é contra o aborto, contra o homossexualismo e defende políticas duras – vale dizer guerras – contra os “adversários” de seu país (na verdade os EUA são adversários do mundo, da vida).

Na reta final da campanha de 1980, quando Jimmy Carter pleiteava a reeleição contra Ronald Reagan, os números mostravam alguma indecisão do eleitorado e num determinado momento as chances de Carter eram maiores. A ocupação da embaixada dos EUA no Irã trabalhou a favor de Reagan.

Anos mais tarde revelou-se que o acordo para desocupação da embaixada havia sido fechado antes das eleições e foi seguro até alguns dias depois para favorecer Reagan, um fantoche de grupos de extrema-direita. A operação foi conduzida pela CIA e a descoberta veio através de documentos confidenciais trazidos a público nos termos da legislação americana que estipula um prazo para que documentos dessa natureza permaneçam fora do alcance do conhecimento público.

Tal e qual a vitória de George Bush na Flórida em 2000, através de fraudes num distrito de Miami.

O Irã vai ser novamente o centro das eleições nos EUA. O que não exclui, pelo contrário aumenta, as chances de uma nova guerra de terrorismo de Estado contra um país muçulmano.

Obama, ao contrário de Carter, é cínico e frio o bastante para isso se perceber que sua vitória depende de atacar aquele país. Não importa quantas pessoas possam morrer, importa a vitória eleitoral.

Se juntarmos a imensa e esmagadora maioria da população norte-americana teremos a maior concentração de idiotas arrogantes de todo o mundo, só comparáveis a britânicos e franceses.

Por essa razão vulneráveis a pregação de superioridade racial, de supremacia branca, de farol do mundo (embora FHC reivindique para si essa condição, mas o caso do brasileiro é patologia mais simples) e consciência terrorista/hipócrita que sobrevivem do saque e da exploração de povos em todos os cantos do mundo.


Quando o mórmon republicano Mitt Romney diz que não dará um dólar para a Europa está apenas fazendo um discurso eleitoral. Sabe que os países da Comunidade Européia são colônias norte-americanas, imensas bases militares chamadas de OTAN – Organização do Tratado Atlântico Norte – e que as responsabilidades de seu país em relação àquela parte do mundo (em processo de extinção como a conhecemos) são plenas.

O debate religioso que encobre campanhas eleitorais em vários países do mundo é tão somente a hipocrisia de um lado, o fanatismo de outro, não deve demorar muito para que algum candidato se proclame o novo messias. Sarah Palin tentou. A despeito das belas pernas (que fazia e faz questão de exibir quando defende a moral e os bons costumes a moda medieval) não conseguiu.

Santorum tenta recuperar o discurso.

A rigor os EUA vivem um processo de decadência. É a História implacável com os grandes impérios. O risco é a clássica boçalidade dos EUA; montados em perto de cinco mil ogivas nucleares prontas a destruir o planeta cem vezes se necessário for.

Não é impossível que a estátua da Liberdade seja devolvida aos franceses e Sylvester Stallone vá ocupar o seu lugar, travestido de Rambo num mix com Rocky, o Lutador.

As eleições nos EUA têm, neste ano, um novo ingrediente. O aumento das forças chamadas de “direita cristã” (Tea Party, principalmente) traz consigo grupos antissemitas, o que vai obrigar banqueiros e empresários que controlam o Conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A a gastos maiores para manter o controle.

Começa a ganhar força nos EUA – um fato constatado nos últimos anos – o antissemitismo; fenômeno clássico em países com características nazi/fascistas, mesmo que o sionismo seja uma variável desse espectro terrorista (os judeus-sionistas colaboraram enormemente com o terror nazista durante a IIa. Guerra de 1939/45).



Por aqui a REDE GLOBO (em todas as suas frentes) começa o delírio de transformar essas eleições norte-americanas em algo vital para o Brasil. Tenta criar em cada brasileiro um torcedor por esse ou aquele candidato. Vários especialistas já estão sendo convocados a opinar sobre o assunto.

São os deveres para com a matriz. Se não houver cuidados especiais os williamwaacks podem ter orgasmos ao vivo em seus programas todas as vezes que o tema for tratado e a bandeira norte-americana aparecer.

Isso deve ser depois do Big Brother Brasil, o bordel televisivo da família brasileira, cristã e sem rumo, acreditando também, piamente, que o “bispo” (ou será vigário...) Edir Macedo salva alguma coisa além do seu.

Esse debate religioso na política seria uma comédia não fosse trágico. Em Israel, um dos algozes do terrorismo de Estado, a menina Naama Margolese, filha de imigrantes norte-americanos – judeus – foi chamada de prostituta por grupos radicais (apóiam o governo de Benjamin Netanyahu) por não se vestir de acordo com as “tradições”. No caminho para a escola além de insultada recebe cusparadas dos “emissários divinos” o que tem lhe valido proteção policial desde que denunciado o fato. 

Na fúria religiosa que parece vai ser o centro do debate eleitoral nos EUA, mesmo disfarçada em temas políticos, econômicos, sociais e militares, com toda a certeza vai sobrar para o líder nazista que governa o Vaticano, o “fuhrer” Benedito XVI. A pedofilia deve ser um dos alvos da “direita cristã” e grupos não cristãos.

No fundo, o que interessa aos que controlam o Conglomerado ISRAEL/EUA TERRORISMO S/A é manter intactos e sempre crescentes os arsenais para ações como aquelas contra a Líbia, o Iraque, o Afeganistão, a Somália, etc.. Destruir para depois “reconstruir”. Com lucro. O resto é adereço, um prolongamento do BBB que a GLOBO vai impingir aos brasileiros até o dia da eleição. Haja williamwaacks, haja miriamleitões.

Lá como cá a praga da religião como instrumento político se mantém em alta e se alastra cada vez mais, mesmo depois de Billy Graham ter ascendido aos céus (?).



*Laerte Braga é jornalista, trabalhou no Diário Mercantil e no Diário da Tarde de Juiz de Fora, para os Diários Associados e pela agência Meridional (primeira grande agência de notícias do Brasil) e também dos Diários e Emissoras Associadas, tendo sido correspondente do Estado de Minas de Juiz de Fora e Zona da Mata, e também trabalhou como freelancer para revistas e jornais do Brasil e de outros países. Atualmente reside em Juiz de Fora.

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