domingo, 11 de dezembro de 2011

OCCUPYWallStreet: “OCUPAI todos os portos dos EUA na costa oeste!”


Adam Gabbatt

10/12/2011,The Guardian, UK - Adam Gabbatt
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu

O movimento Occupy organiza-se para fechar todos os principais portos da costa oeste dos EUA, em apoio à luta de um sindicato em Longview, Washington, apesar de o sindicato da categoria não apoiar a ação.

Milhares de manifestantes de várias ocupações da costa oeste são esperados para a manifestação prevista para a 2ª-feira, 12 de dezembro. A ação está planejada como apoio à longa luta do Sindicato Internacional dos Estivadores de Portos de Alto Calado [ing. International Longshore Workers' Union (ILWU)] em Longview, WA.[1]

Slogans mulheres de bate-papo perto da ex-Ocupar acampamento Portland
Um dos grupos do movimento Occupy Portland que pretende paralizar de ponta-a-ponta a Costa Oeste dos EUA (foto de Natalie Behring)

Occupy Oakland, que organizou uma “greve geral” [aspas do Guardian] e fechou o porto de Oakland, no início de novembro, está trabalhando com ocupações em Portland, Los Angeles, San Diego, Tacoma e Seattle, na tentativa de impedir toda a atividade portuária na costa oeste dos EUA.

Os manifestantes marcharão até os terminais e criarão linhas de piquete, exatamente como fizeram emOccupy Oakland no mês passado. (...)

“Os portos da Costa Oeste serão bloqueados dia 12/12, em solidariedade com a luta dos estivadores e caminhoneiros contra a empresa EGT e Goldman Sachs”, diz a página do movimento em Cal-out for Black bloc presence at Monday’s port shutdown in Portland [O Guardian não oferece esse “link”]. (...)

Os manifestantes que se organizam para a ocupação de 12/12 dizem que já receberam o apoio de muitos membros do sindicato ILWU – e que só a diretoria do sindicato mantém-se contra a ocupação. 

Representantes dos manifestantes disseram que “Nossa ação é feita em apoio aos estivadores e caminhoneiros, não em apoio ao sindicato oficial e à diretoria do sindicato. Isso faz toda a diferença, do nosso ponto de vista e do ponto de vista deles. 

“O fato de o sindicato não poder apoiar oficialmente nossa manifestação mostra que os sindicatos nos EUA estão hoje praticamente paralisados por uma série de leis pensadas e aprovadas pelo 1%, exclusivamente para impedir que os trabalhadores lutem pelas vias mais eficazes para defender seus direitos a melhores salários e melhores condições de trabalho” – disse o representante do movimento “Occupy Wall Street in The Waterfront”.

Um dos membros do sindicato ILWU que apóia o movimento disse que “lamento que a liderança do sindicato tenha adotado essa posição”, mas que, mesmo sem o endosso do sindicato, os estivadores e caminhoneiros reforçarão as linhas de piquete, e “a maioria dos trabalhadores respeitarão os piquetes, com certeza. Todos com quem tenho falado apóiam firmemente o movimento Occupy. Todos verão, dia 12 de dezembro. Vamos parar o porto.”



Nota dos tradutores
[1] Como temos feito em outras traduções, EXCLUÍMOS dessa matéria todos os comentários ‘jornalísticos’, que veiculam EXCLUSIVAMENTE a opinião dos jornalistas e editores do Guardian, e que visam a ‘noticiar’, exclusivamente, que um sindicato opõe-se à manifestação do movimento OCCUPY. Essa matéria que aqui vai traduzida nos interessa porque traz notícia que não se lê na imprensa-empresa no Brasil, de uma das ações do movimento OCCUPY WALL ST. A opinião do Guardian absolutamente NÃO NOS INTERESSA. E a opinião do sindicato citado na matéria do Guardian pode ser lida na página do sindicato, nos termos em que interessa ao sindicato, não ao Guardian, divulgar o próprio pensamento e as próprias posições, em ILWU clarifies position regarding third party protests at ports. Ali se lê que o sindicato APOIA o movimento OCCUPY, mas não pode apoiar qualquer ação de qualquer movimento, que não tenha sido ainda discutida e aprovada pelo próprio sindicato. Além disso, o sindicato teme que essa ação, agora, crie dificuldades extras para negociações em curso (em inglês). Ali se lê também, com todas as letras, que o sindicato está em disputa há vários meses com a empresa EGT, multinacional exportadora de grãos que opera no terminal de exportação de grãos, em Longview, WA, a qual, depois de nove meses de negociações com o sindicato ILWU, rompeu unilateralmente as negociações e passou a negociar condições de operação com outro sindicato criado ad hoc, quer dizer: inventado há alguns meses e, deve-se suspeitar, financiado por aquela multinacional importadora. Aí está um FATO e uma suspeita que o “jornalismo” do Guardian atentamente OMITIU.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.