quinta-feira, 17 de março de 2011

Como os anos '80s programaram os EUA (e o mundo) para a guerra

15/3/2011, *David Sirota, “Back do Our Future” [excertos] em SALON
Traduzido pelo pessoal da Vila Vudu

Sejamos bem claros: eu não sabia, conscientemente, que era militarista fanático em 1988, aos 12 anos, idade em que todos somos impressionáveis. Quando fazia mira com o meu tanque G.I. Joe Snowcat Transformer e lançava um dos seus seis mísseis contra os soldados Cobra que diariamente sitiavam minha cidade LEGO, eu não sabia que, se aquilo fosse real, eu acabaria o dia sob uma pilha fumegante de sangue e pernas e braços decepados de civis inocentes. O que eu pensava era “Que demais!” 

Quando aluguei pela primeira vez o filme, para maiores de 13 anos, produzido em 1984, “Amanhecer Violento” [Red Dawn], e vi aqueles adolescentes, sob a justificativa de que estariam protegendo os EUA, matar gente a sangue frio, uma execução depois da outra, não sabia que o filme entraria no Livro Guinness, como recordista de exibição de cenas de violência extrema por minuto, da história do cinema. A única coisa que fiz foi torcer. 

E quando jogava“Contra”, no meu Nintendo NES, nunca questionei a ideia básica de dar a um jogo o nome de esquadrões de extermínio, um grupo de terroristas criado pelo governo Reagan, para que a CIA conseguisse retirar ilegalmente dinheiro do Irã. Eu me divertia batendo, batendo prá-cima-prá-cima-prá-baixo-prá-baixo-esquerda-direita-esquerda-direita-B-A, até moer completamente qualquer coisa que me mexesse naquela tela.

“A propaganda é mais efetiva quanto menos se sabe que é propaganda” – ensina Nancy Snow, especialista em relações públicas. “Numa sociedade aberta como os EUA, a natureza ocultada, integrada, da propaganda, é o instrumento pelo qual mais se convence a opinião pública de que ela não estaria sendo manipulada.” 

Perfeitamente. Por isso, nem eu nem meus pais poderíamos saber sobre o quanto os anos 80s estavam nos treinando, eu e todos os meninos que ocupávamos os porões e sótãos de casa convertidos em bunkers. Para a geração que crescera até ali com “Reading Rainbow” e “ET”, games eram instrumentos de aprendizagem. A militarização das crianças nos EUA começou nos anos 1980s, até converter-nos todos em homenzinhos verde-oliva, coturnos e capacete, armados até os dentes, comparados aos quais os escoteiros de antigamente teriam ares de militantes pacifistas. Com o Pentágono intervindo em roteiros para o cinema, na criação de videogames, cooperando com a indústria de brinquedos e agências de publicidade, com inventores de brinquedos e, não raras vezes, influindo também nas empresas publicadoras de álbuns de figurinhas de jogadores de baseball para que criassem o álbum “Operação Tempestade no Deserto” em figurinhas, sempre muito mais profecias que fantasias.

O governo Reagan e o reaganismo foram a alvorada do que a revista Wired chamou de “síndrome do complexo entretenimento-guerra”. A linha mais dura daqueles falcões forneceu o arremedo de substrato racional para uma política de criar cumplicidades entre o Estado e as famílias; e a agenda de “desregulação” ampla, geral e irrestrita da Casa Branca naqueles anos de neoliberalismo, ajudou a televisão a tornar-se o cada vez mais presente e mais influente agente da propaganda & marketing de produtos de entretenimento cada vez mais violentamente agressivos e cada vez mais militarizados, para o público infantil e juvenil.

Hoje, aquele investimento rende os lucros que se esperavam dele, bem a tempo para alimentar a atual obsessão pela guerra permanente. Hoje, por exemplo, encontram-se frequentes referências aos desenhos animados e aos bonecos de G.I. Joe dos anos 1980s nas razões que os jovens norte-americanos oferecem para alistar-se. (Artigo de outubro de 2008 em The Believer descobriu “pesquisa feita por jornal de circulação nacional, que buscava referências ao personagem G.I. Joe encontrou 35 obituários de soldados mortos no Iraque desde o início da guerra, em 2003. Naqueles obituários, familiares dos soldados mortos lembravam que, na infância, eles brincavam ‘de G.I. Joe’.) Assim também, durante a invasão do Iraque, o Pentágono batizou a operação de caçada a Saddam Hussein “Operação Red Dawn” [literalmente, “Aurora Vermelha”; mas, em português, o filme recebeu o título de “Amanhecer Violento” (NTs)], porque os oficiais diziam que o filme dirigido por John Milius [o mesmo que, adiante, seria roteirista de Coppola em Apocalypse Now (NTs)] seria “filme patriótico, pró-EUA, a que todos os militares assistimos na juventude”.

Considerando tudo isso, é possível acreditar que só por mero acaso os assessores ‘de comunicação’ de George W. Bush dedicaram-se a recriar a cena final de “Top Gun” [“Ases Indomáveis”], para comemorar a declaração feita pelo patrão deles, de vitória no Iraque? Ou que a frase de Bush, “bring them on”, nada teria a ver com a intenção de despertar adormecidas lembranças dos adolescentes de Milius no filme dos anos 80s? Será pura coincidência que o Pentágono, hoje, faça convocações para que os jovens se alistem, com material publicitário exibido em cinemas que mostra soldados em trajes-armaduras à prova de balas à “RoboCop” e a guerra como se acontecesse em cenário de ficção científica de “The Last Starfighter” [O Último Guerreiro das Estrelas, em português]?

Os estrategistas da Casa Branca e os propagandistas do Pentágono usam imagens, conceitos e informação como armas estratégicas, e sabem bem a mais eficaz dessas armas são as nostalgias construídas da infância. Sabem também que, em país no qual quase metade da população nasceu depois de 1979, algumas das memórias mais poderosas dos jovens permanecem confinadas naqueles tristes anos 1980s.

Boa parte de tudo isso se encaixa à maravilha na agenda do Pentágono. “Os jovens em idade de recrutamento citam filmes e a televisão como fonte primária de suas ideias sobre o exército e a vida militar. [Por isso, filmes e a televisão] são muito importantes [para o Pentágono]” – disse uma porta-voz do exército à PBS, citando detalhadas pesquisas com as quais o Departamento de Estado trabalha, para conhecer os hábitos dos recrutas. “É uma oportunidade para que as crianças saibam o que esperar e para saberem o que significa ser um soldado.” 

“Amanhecer Violento” é roteiro-padrão de paranóia de invasão, mas com detalhes atentamente propostos com vista a atingir jovens em idade de recrutamento. Fala de um grupo de adolescentes, numa cidade ficcionalizada (Calumet, Colorado), que se autodenominam Wolverines e que montam uma guerrilha de resistência a massivo assalto soviético à pátria norte-americana. O filme reúne amostra impressionante de adolescentes que, adiante, seriam astros: Thompson, Jennifer Grey, Patrick Swayze, C. Thomas Howell e, o hoje mais conhecido deles, Charlie Sheen, nos principais papeis.

Encontram-se no filme todas as frases da paranóia militarista, inclusive todos os slogans do mundo dos anos 80s, pós-Vietnã:

Ideias extremistas a favor do uso indiscriminado de armas: numa das primeiras cenas do filme, vê-se um “soviético” arrancando uma arma de um cadáver norte-americano, enquanto a câmera caminha sobre um adesivo, num caminhão, em que se lê o slogan da campanha contra qualquer controle do uso de armas entre civis: “Só tirarão minha arma, se quebrarem os dedos frios, gelados, do meu cadáver”. Depois, adiante, os “soviéticos” conseguem rastrear os resistentes norte-americanos, porque encontram a lista dos proprietários de armas nos EUA que o governo diz que tem (uma das mais persistentes teorias conspiracionais, muito repetida por militares e pelos defensores do direito à posse de armas).

O direito que os EUA teriam, de retaliar/vingar qualquer derrota que sofram em qualquer guerra: o pai de um dos adolescentes é mostrado numa gaiola, num campo de concentração, berrando ao filho: “Vingue-me”, mate o maior número possível de inimigos. Nos anos 80, esse grito bem poderia ser o hino de todos os militaristas que pregavam o retorno ao Vietnã [para “acabar o serviço”].

Todos os políticos são bandidos, traidores e corruptos e, portanto, podem ser caluniados, denunciados sem provas etc.: o filme mostra o prefeito de Calumet como colaborador covarde, a serviço dos soviéticos, que nada faz, quando seus eleitores são cercados e assassinados. Além disso, o filho do prefeito (presidente da associação de alunos do ginásio de Calumet) pressiona os Wolverines para que se rendam e, depois, os trai. Em resumo, “Amanhecer violento” ensina que todos os políticos são covardes, corruptos e traidores [exatamente, aliás, o que TAMBÉM ensinam, todos os dias, D. Dora Kramer, D. Eliane Cantanhêde, tooooooooodos os colunistas e todos os jornalistas da Folha de S.Paulo, do Estadão, da revista (NÃO)Veja, da revista Carta Capital, o juiz Maierovich, Mino Carta, Caros Amigos e muitas outras, além de muitos petistas e do William Waack e os Bonner&Patroa e toooooooodos os embaixadores dos EUA que escrevem o que WikiLeaks, felizmente, vaza (NTs)].

Os EUA como “o injustiçado”, uma espécie de azarão que, contudo, consegue fazer, contra tudo e todos, o que lhe cabe fazer: Do mesmo modo, a política, a mídia, toda a indústria do entretenimento nos anos 80s mobilizou-se para reapresentar os militares norte-americanos como ‘azarões’, heróis improváveis, que conseguem o impossível: ajudar “combatentes da liberdade” na América Latina; resgatar prisioneiros de guerra no Vietnã; liberar o Kuwait das garras do Iraque-bandido. Os Wolverines de “Despertar Violento” são posicionados como insurgentes superarmados, que abrem seu caminho até a vitória contra o gigante russo. “A mensagem de Despertar Violento, diz o diretor Milius, é “libertar” os oprimidos” – entendendo-se por “os oprimidos” os próprios norte-americanos, a nação mais completamente dominada pelo exército que jamais houve na história da humanidade.

Quando se refugiam numa floresta, onde se dedicam a práticas de sobrevivência antiquadas, que só o Unabomber traria novamente à pauta (beber sangue de um veado macho, como prática para selar a solidariedade entre machos, por exemplo), os Wolverines encontram um ex-piloto dos EUA que enuncia mais algumas máximas do militarismo paranoico dos anos 80s: 

Há terroristas camuflados vivendo entre nós: “A primeira onda do ataque (pelos soviéticos) chegou camuflada em voos comerciais normais” – diz o piloto, em espantosa antevisão dos ataques que viriam no 11 de setembro.

É imprescindível militarizar a fronteira sul: “Os infiltrados entram ilegalmente pelo México, sobretudo cubanos” – o piloto continua.

A covardia dos aliados ocidentais justifica que os EUA gastem mais com armas, armamentos e exércitos que todas as demais nações do mundo, somadas: Quando os adolescentes perguntam se a Europa ajudará a deter a invasão soviética, o piloto diz que a Europa está “assistindo de camarote. Nenhum país europeu, exceto a Inglaterra, durará muito”. 

É preciso lembrar que quatro anos antes de esse filme chegar às telas, Ronald Reagan dera substância e voz a muitas dessas teorias, dizendo que “os soviéticos e seus amigos estão avançando” e criticou o governo Carter por “não saber ver nenhum padrão de ameaças”. Foi propaganda, na forma mais literal.

Em 1997, depois de informação de que “Despertar Violento” era um dos filmes preferidos de Timothy McVeigh – autor de atentado terrorista, dia 19/4/1995, em Oklahoma, que fez 168 mortos e mais de 500 feridos e que, até os atentados de 11/9/2001, fora o mais violento ataque terrorista em solo americano –, Peter Bart presidente da MGM revelou à revista Variety que, quando a companhia pela primeira vez analisou o roteiro do filme, o principal executivo da empresa “declarou, em termos absolutamente claros, que desejava fazer o filme mais nacionalista, chovinista, patriótico, de erguer bandeiras [orig. jingoistic], de todos os tempos. “O estúdio, então, recrutou o recém aposentado secretário de Estado de Reagan, general Alexander Haig, para integrar o conselho diretor da MGM e para operar como consultor, ao lado do diretor [de “Despertar Violento”], para dar ao filme o toque ideológico apropriado” Quando o primeiro esboço de roteiro ficou pronto, em tom que lhe pareceu que lamentava excessivamente as tragédias da guerra, Bart contou que o estúdio “exigiu que alguém lhe explicasse por que os redatores pensam em refilmar Lord of the Flies, quando o que interessa ao estúdio é reinventar Rambo”. 

Todos sabem que os militares trabalharam com os produtores e estúdios de Hollywood desde 1927, quando ajudaram a produzir Wings – ganhador do primeiro Prêmio da Academia para Melhor Filme. O envolvimento do Pentágono variou ao longo dos primeiros dois terços do século 20, mas sempre visou, como alvo de propaganda, as crianças. Nos anos 1950s, por exemplo, os militares trabalharam com a cadela Lassie, em filmes e seriados de televisão que destacavam as novas tecnologias militares e produziram Mouse Reels para “The Mickey Mouse Club”; um dos filmes então produzidos mostrava crianças visitando o primeiro submarino nuclear. Como o jornalista David Robb descobriu, o Pentágono registra num memorando que “a mídia dirigida às crianças é excelente oportunidade para apresentar a toda uma geração a Marinha movida a energia nuclear”. 

Nos anos 1970s, houve menor número de filmes de guerra apoiados pelo Pentágono, porque a mídia sobre a guerra do Vietnã fatigara o público, durante a guerra e nos anos imediatamente seguintes. Mas, segundo o The Hollywood Reporter, com o militarismo novamente em ascensão na era Reagan, os anos 1980s assistiram “ao crescimento consistente de pedidos para acesso a instalações militares e do número de filmes, programas para a televisão e vídeos domésticos sobre os militares”. 

Em troca de autorizar o acesso a instalações militares para filmagens, os militares começaram a exigir compensações. O foco do Pentágono nos públicos juvenis começou a mostrar a própria mão pesada que se começava a usar para modelar a cultura popular dos anos 1980s. Cada vez mais, para autorizar o acesso dos produtores até as instalações militares mais corriqueiras, necessárias como cenários, o Pentágono começou a exigir maior participação e maiores mudanças na construção de roteiros e diálogos, para garantir que os militares fossem mostrados sob luz favorável. 

Em matéria publicada em Variety em 1994, Phil Strub, funcionário do Pentágono encarregado dos contatos com Hollywood, diz claramente: “O principal critério que empregávamos [para aprovar] era (...) o quanto a produção proposta beneficiava os militares. Ajudaria no recrutamento? Estava sincronizada com as políticas do Pentágono?”.

Segundo Strub, o conluio Pentágono - Hollywood alcançou “marco histórico” em 1986, com Top Gun/“Ases Indomáveis”], propaganda triunfalista a favor do recrutamento de adolescentes para a aviação da Marinha, com os pilotos apresentados como “o melhor dos melhores”. Nenhum desses “melhores”, evidentemente, jamais pergunta nenhuma das perguntas básicas que ocorreriam a qualquer pessoa ‘normal’. Nem os personagens nem o roteiro são acaso de criatividade. O roteiro foi praticamente construído pelo Pentágono, em troca de pleno acesso a todos os aviões e máquinas – acesso que, na prática, é subsídio à indústria, de valor inestimável, pago com dinheiro dos contribuintes norte-americanos. Segundo Maclean, a Paramount Pictures pagou apenas “$1,1 milhão de dólares pelo direito de usar aviões e um porta-aviões”, muito menos do que lhe custaria, se o estúdio tivesse de financiar diretamente toda a produção.

Como se essa dinâmica de “cenoura-e-porrete” não fosse suficiente para inspirar todos os produtores de filmes, o Pentágono, nos anos 1980s, expandiram a definição de “cooperação”, para incluir intervenção nos roteiros, desde a fase dos primeiros esboços. “Ganha-se tempo. Os autores nem começam a escrever roteiros idiotas” – disse um oficial do Pentágono, explicando o novo processo.

Atitude assim diplomática, combinada com o sucesso de bilheteria do modelo “Top Gun” sob orientação do Pentágono, convenceu os estúdios, nos anos 80s, a aceitar tudo o que os militares desejassem. Assim, fizeram-se filmes de conteúdo cada vez mais militarista, considerados “a fórmula” para grandes bilheterias. Entre o lançamento de “Ases Indomáveis” e o início da Guerra do Golfo, o Pentágono informou que o número de filmes realizados com sua ajuda (e aprovação) havia quadruplicado; grande parte dessas produções de ação-aventura (imediatamente distribuídos também, em perfeita sinergia, no formato de jogos, álbuns, bonecos etc.) visavam o público adolescente.

Resultado de curto-prazo da ação do complexo entretenimento-Pentágono foi aumento acentuado no número de jovens que se alistavam, sempre correlacionado com os números de bilheteria dos sucessos dos anos 80s. Basta um exemplo, de fato, gigantesco: a taxa de recrutamento teve aumento de 400% depois do lançamento de Top Gun/“Ases Indomáveis”, o que levou a Marinha – que imediatamente percebeu o efeito do filme – a montar balcões de alistamento nas salas de cinema. No médio prazo, é claro, predominou o efeito de Red Down/“Despertar Violento”. Operações militares recebem nomes inspirados no filme (e em várias outras fantasias militaristas dos anos 80), mobilizando as psiques manipuladas dos “Wolverines que cresceram e foram para o Iraque” – como Milius, recentemente, descreveu a geração dos anos 80s.

E há ainda os padrões que se fixaram para o longo prazo. Hoje, o Pentágono oferece a Hollywood o mesmo estímulo na direção de crescente militarização, tanto quando os castigos onde surja qualquer antimilitarismo, como sempre. Além do militarismo dos anos 80s, pode-se hoje apostar que o mesmo acontece também na infindavelmente reciclada onda de refilmagens: todo e qualquer blockbuster assinado por Jerry Bruckheimer ou Michael Bay e dirigido aos ‘jovens’ será, no mínimo parcialmente, subscrito pelo Pentágono, como condição para qualquer apoio ou subvenção; no mínimo, esses blockbusters, tipicamente, trabalham para reiterar a ideia de que o militarismo, os militares e a guerra seriam morais.

Diferente disso, como contou o diretor de The Hunt for Red October /“Caçada ao Outubro Vermelho”, essa nova realidade levou os estúdios, nos anos 80s, a instruir rotineiramente roteiristas e diretores a “buscar a cooperação [dos militares], ou esquecer, para sempre, a possibilidade de fazer o filme”. Com que controle maior o Pentágono algum dia sonhou?

*David Sirota é jornalista, autor de vários best-sellers. Seu próximo livro Back to Our Future [De volta ao nosso futuro] será lançado em março de 2011. Apresenta programa matinal na rádio AM760 no Colorado e anima o blog OpenLeft.com.
Recebe e-mails em ds@davidsirota.com
Twitter: @davidsirota

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