sábado, 18 de dezembro de 2010

Por que doei $50.000 ao Fundo de Defesa de WikiLeaks

17/12/2010, Larry Flynt [Biografado no filme “O povo contra Larry Flynt] e blogueiro de Huffington Post
Traduzido pelo Coletivo da Vila Vudu


Vamos falar sério: Julian Assange é jornalista. Pode-se achar que não faz jornalismo como alguém ache melhor – e vazou documentos secretos do Departamento de Estado. Mas nem por isso deixa de ser jornalista. Para muitos jornalistas norte-americanos, o homem é um herói.

Estou farto, doente, de tanto ouvir políticos de comentaristas de jornal e televisão tratá-lo como se fosse bandido. Se WikiLeaks existisse em 2003, quando George W. Bush inventou a guerra do Iraque, os EUA não estariam vivendo a catástrofe que vivemos hoje, com nossos soldados combatendo em três países (contando o Paquistão) e os consequentes custos em sangue e dólares.

Sobre censura, o que sei é que o livre fluxo de informação sempre faz menos mal que o fluxo censurado de informação. Não há democracia sem pleno acesso aos fatos.

A única coisa errada é que tenha sido um estrangeiro preocupado – um jornalista e editor australiano, não alguém da nossa sempre tão elogiada "mídia livre" – quem divulgou os documentos secretos. Por isso, Assange está sendo acusado de crime, porque a camisinha não deu certo, num encontro sexual. Tenham a santa paciência! 

Julian Assange não pode ser preso. Temos de sair em passeata, multidões na rua, em defesa desse bravo homem.

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