quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Enquanto Sarkozy delira pelo planeta... bin Laden organiza-se no Sahel!

Sobre “a mídia”, o único “fato” absolutamente garantido é que “a mídia” e o tal de “fato” fazem, sim, algum sentido e têm alguma importância e podem, talvez, ser úteis e interessantes à democratização da democracia, se e somente se os leitores consumidores de jornais e jornalismos puderem LER E OUVIR PELO MENOS DUAS VOZES RADICALMENTE DIFERENTES E OPOSTAS sobre qualquer “evento”.

Por acaso, hoje, a internet oferece interessante exemplo de o quanto é indispensável que haja mesmo DUAS VOZES opostas, antagônicas, a se manifestar sobre QUALQUER “fato”, para que o tal “fato” informe, pelo menos um pouco, sobre o mundo real, histórico, o mundo que existe no mundo, não só na cabeça dos jornalistas empregados das corporações de jornalismo e comunicações. 

Vale lembrar, é claro, que D. Dora Kramer e Ana Maria Brega NÃO SÃO VOZES OPOSTAS: são vozes absolutamente gêmeas, mesmo lado e mesma voz. Tampouco D. Danuza e Fernando Henrique Cardoso são vozes opostas. Não são: são a mesmíssima voz, mesmíssimo lado, idênticos saberes e ambições e desvarios & coisa e tal.

Vozes opostas, opostas meeeeesmo, são, por exemplo, o Sêo Clóvis Rossi e o Zé do Ki, cá da Vila Vudu. Ou, por exemplo, Sarkozy e Osama bin Laden. 

No Brasil, embora zilhões de jornais tenham repetido o besteirol de promoção internacional de Sarkozy, o hiperativo, que Le Monde espalha hoje para o planeta inteiro, NENHUM JORNAL – absolutamente NENHUM, do Oiapoque ao Chuí – mostrou, no Brasil, o outro lado do frenesi “internacional” de Sarkozy. 

Parece até bobagem, simplificação, delírio, de tanto estamos todos totalmente cegados e desensibilizados pelo “jornalismo” de fascistização que há no Brasil, mas... o outro lado da Cúpula de Seul é... o Sahel.

Não deu na Globo!
Enquanto Sarkozy delira pelo planeta...
...bin Laden organiza-se no Sahel.
Nicolas Sarkozy sonha em ser presidente de crise
11/11/2010, Arnaud Leparmentier, Le MondeNicolas Sarkozy se rêve en président de crise du G20
repetido em UOL News p/ assinantes

  
Sarkozy afirma que não permitirá que terroristas decidam sua política

A cúpula de Seul nem começou e Nicolas Sarkozy já está no pós-Seul. O presidente da República não achou necessário estar presente ao jantar inaugural, na quinta-feira (11), e será representado pela ministra da Economia, Christine Lagarde. Sarkozy chegará na sexta-feira pela manhã, a bordo de seu novo Airbus 330, e apresentará suas prioridades para o ano de 2011.

Após um jantar de gala, na noite de sexta-feira em Seul, o chefe do Estado francês assumirá a presidência do G20, que reúne as principais potências do planeta. Ele também presidirá, em 2011, o G8, que reúne as principais economias do Norte. Sarkozy deve esse “presente” ao ex-premiê britânico Gordon Brown, que lhe deu uma mãozinha para obter essa dupla presidência durante a cúpula de Londres, em abril de 2009. Justamente antes das eleições presidenciais de 2012.

Sarkozy tem uma ambição internacional e segundas intenções políticas. Ele sonha em renovar a proeza de sua presidência da União Europeia (UE), no final de 2008, que lhe havia permitido restaurar sua imagem no cenário interno. Ele espera voltar a se tornar o capitão na tempestade que foi gerir a guerra na Geórgia e a crise financeira de 2008. Ele também quer encarnar o presidente de uma França unida e neutralizar seu potencial adversário, o socialista Dominique Strauss-Kahn, atual diretor-geral do Fundo Monetário Internacional (FMI). Sarkozy pretende aplicar minuciosamente as recomendações do FMI para conter melhor as críticas que Strauss-Kahn poderia formular sobre seu balanço econômico e orçamentário.

Sarkozy sabe que o G20 corre o risco de se atolar na rotina. Então ele estabeleceu prioridades ambiciosas, até demais, segundo alguns: reformar o sistema monetário mundial (resolver o duplo problema do dólar e do yuan), limitar a volatilidade dos preços das matérias-primas e dos produtos agrícolas, e modernizar a governança mundial. Sarkozy aposta em uma crise importante em um desses domínios, que lhe permitirá garantir que ele tenha adivinhado antes dos outros. Será fácil para ele se apresentar como arquiteto da solução que deverá ser encontrada. O palácio do Eliseu acredita que as tensões nos mercados de câmbio “validam” as prioridades anunciadas em agosto.

O sucesso não é garantido, como foi provado, no fim de 2009, pelo fracasso da cúpula de Copenhague sobre o clima. O presidente havia percorrido o mundo, coletando promessas de apoio. Mas quando foi preciso tomar uma decisão, nem o presidente brasileiro Lula da Silva, nem os primeiros-ministros etíope, Meles Zenawi, e indiano, Mahmohan Singh, deram o apoio decisivo.

Mais uma vez, Sarkozy decidiu fazer uma viagem pelas grandes potências mundiais: começou com o presidente russo Dimitri Medvedev e a chanceler alemã Angela Merkel, em Deauville, depois o presidente chinês Hu Jintao, durante sua vista oficial à França. No início de dezembro, ele fará uma visita à Índia e irá à Etiópia em janeiro para a cúpula da Organização da União Africana.

Mas o método foi aperfeiçoado: para forçar seus colegas a se empenharem, Sarkozy pretende organizar seminários de reflexão, confiados a diferentes líderes e organizados em diferentes países. A questão do câmbio poderia ser confiada a Merkel, e um primeiro seminário organizado pela China. O primeiro-ministro britânico, David Cameron, será encarregado da reforma da governança (ONU e G20, que a França quer munir de um secretariado), a Indonésia se ocuparia da corrupção.

Resta melhorar a relação com Barack Obama. Nessa questão, Sarkozy faz dos Estados Unidos o principal responsável pelas desordens monetárias. A manobra é arriscada: a Alemanha e o Banco Central europeu não querem um choque desestabilizador com Washington. Acima de tudo, Obama se mostra pouco cooperativo. O palácio do Eliseu atribui essa distância às eleições legislativas que estariam monopolizando o presidente democrata. No entanto,  este último reluta em atravessar o Atlântico para participar do G8 de 2011.

Para acabar com os desacordos, Sarkozy pretende ir a Washington no dia 20 de dezembro. Curiosamente, Sarkozy, que havia defendido ampliar o G8 até os países do Sul, está redescobrindo as virtudes desse formato, onde os europeus (Alemanha, França, Reino Unido, Itália, União Europeia) são majoritários. “Obama não deixará os outros se reunirem sem ele”, garante um aliado de Sarkozy.

A reunião acontecerá no início do verão em Deauville, enquanto o G20 será em Cannes, certamente em 3 e 4 de novembro. Duas cidades que Sarkozy, no começo, considerava espalhafatosas demais. O caminho de Bordeaux e até mesmo de Le Havre havia sido sondado. Mas a capacidade hoteleira e as exigências de segurança prevaleceram na decisão 
[Tradução: Lana Lim, UOL, 11/10/2010]

------------------------------------
Osama bin Laden e “a crise da França” no Sahel 
3/11/2010, Jeremy Keenan*Al-Jazeera, Qatar - Osama bin Laden and the Sahel

 
Com uma única mensagem gravada, bin Laden pôs a pouco conhecida crise do Sahel em todas as manchetes do mundo.

À parte a polêmica que cerca todas as ocasionais manifestações públicas de Osama bin Laden – se está vivo, se as gravações e os vídeos são autênticos –, a importância desses pronunciamentos varia conforme mais pessoas acreditem no que ouvem e passem a tomam medidas e atitudes a partir do que ouvem.

Dessa vez, trata-se de um gravação de áudio entregue à Rede Al Jazeera dia 27/10, na qual bin Laden critica a França pelo tratamento dado aos muçulmanos, o papel da França no Afeganistão e a intervenção nos negócios de muçulmanos no norte da África e na África Ocidental. Poucas manifestações de bin Laden ou da Al-Qaeda tiveram mais ampla ressonância. 

Evidentemente, o impacto foi maior na França, no norte da África, na África Ocidental e, provavelmente, também em países da União Europeia. É manifestação destinada a ter eco profundo também na guerra contra a al-Qaeda, no Sahara e no Sahel, e nas políticas francesas e europeias para a região.

Sobre a fala de bin Laden deve-se dizer, de início, que a publicidade que recebeu em toda a mídia ocidental [exceto no Brasil INTEIRINHO, onde não se noticiou coisa alguma, de consistente e informativo sobre a tal fala!] serviu para dar destaque mundial à pouco conhecida situação do Sahel, praticamente ignorada na opinião pública europeia – apesar de o Sahel ter sido primeiro item na pauta do Conselho de Ministros de Relações Exteriores da União Europeia que se reuniu dia 25/10 em Luxembourg. A fita gravada com o que se crê que seja fala de bin Laden foi enviada à rede Al-Jazeera menos de 48 horas depois daquela reunião, não, é claro, por simples coincidência. 

Em outras palavras, apesar de a crise do Sahel – ou, dito mais corretamente, a crise da França – já estar sendo amplamente discutida nos muito discretos salões do Conselho Europeu, foi bin Laden quem conseguiu atrair para a mesma questão as atenções de todo o planeta.

A ‘bênção’ de Bin Laden

A fala de bin Laden tem vários diferentes significados e conteúdos. Em primeiro lugar, será entendida como uma ‘bênção’ aos que dia 16/9 sequestraram e desde então mantêm sete reféns – cinco cidadãos franceses, um togolês e um cidadão de Madagascar – em Arlit, na região de mineração de urânio no Niger. “O sequestro dos seus técnicos no Niger”, disse bin Laden, “é resposta-retaliação contra a tirania das suas práticas contra nossa nação muçulmana”.

Em segundo lugar, é ‘bênção’ que parece ter implicações importantes. O crescimento da Al-Qaeda no Maghreb Islâmico [ing. al-Qaeda in the Islamic Maghreb] na região do Sahara-Sahel é reação à ação da polícia e das forças de segurança da Argélia [fr. DRS (Direction du Renseignement et la Sécurité)] na região, e de haver fortes suspeitas de que três importantes emires no Sahara-Sahel – Abdelhamid abou Zaïd, Yahia Djouadi e Mokhtar ben Mokhtar (cada um deles com sua coorte de aliados) – sejam agentes do DRS.

Entre o final de 2008 e 2010, a força estimada da Al-Qaeda aumentou, passando de cerca de 200 para 300-400 militantes; e a composição do grupo também mudou. Jovens muçulmanos da Mauritânia então sendo cada vez mais fortemente atraídos para o “Emirado do Sahara” – como o chamam –, a ponto de já ultrapassarem, em número, os argelinos; com isso, diminuiu muito a influência e a capacidade de controle da Polícia argelina sobre o grupo.

Há indicações de que a AL-QAEDA-NO-MAGREB está recrutando entre os ‘jihadistas’ mais jovens e mais ‘islâmicos’ na região, a partir dos desastrosos raids dos militares franco-mauritânios no Mali em 22/7 ostensivamente para libertar um refém francês, Michel Germaneau, e outra vez em 16/9, quando a Mauritânia aliada da França, e que acompanhou a França quando ‘declarou guerra’ contra a AL-QAEDA-NO-MAGREB, sofreu duro revés dos combatentes da AL-QAEDA-NO-MAGREB em Ras el Ma (a oeste de Timbuktu).

Resultado desse maior recrutamento, e pelo qual a França é mais diretamente responsável, é que haverá mudanças na organização interna da AL-QAEDA-NO-MAGREB, com possibilidade de que os islâmicos – não mais a Polícia argelina – passem a ter mais influência e controle sobre a estratégia geral e as atividades operacionais.

A ‘bênção’ de Bin Laden com certeza conseguiu acelerar essa transformação, como forte estímulo, ao mesmo tempo, aos elementos mais jihadistas e islâmicos e ao recrutamento cada vez maior nessas áreas. Essa é hoje a questão que mais preocupa a União Europeia.

Uma crise francesa 

Em terceiro lugar, a mensagem de bin Laden pode conter indicações sobre a natureza das demandas que a AL-QAEDA-NO-MAGREB pode vir a apresentar à França, em troca da libertação dos sete reféns e de como essas demandas poderão vir a ser negociadas. 

O plano francês de proibir o uso do véu de rosto inteiro em público pode vir a ter vida curtíssima, mas a retirada de 3.500-4.000 soldados franceses do Afeganistão, ou o fim da mineração de urânio no Niger, na medida em que são interpretados como “roubar nossas riquezas, em negociatas suspeitas”, dificilmente serão negociáveis.

Sendo assim, a mensagem de bin Laden pode ser interpretada como alerta de que ou os reféns serão executados, ou haverá longas negociações planejadas para humilhar a França. Esses dois resultados possíveis parecem refletir a existência de objetivos diferentes, dos aliados da Polícia argelina e dos elementos islâmicos dentro da AL-QAEDA-NO-MAGREB.


A reação francesa à gravação da fala de bin Laden é sinal de o quão pouco controle se tem sobre o rumo que a crise poderá tomar. Na França (e em toda a Europa), a mensagem de bin Laden fez subir ainda mais o nível dos alarmes de segurança. De um lado, Brice Hortefeux, ministro do interior, declarou que a França enfrenta ameaça “real” de ataque terrorista que impõe estado de “atenção máxima”; e Bernard Kouchner, ministro do Exterior (sobre o qual correm boatos de que estaria às vésperas de renunciar) tenta reduzir a ameaça e o significado da fala de bin Laden: disse que as novas ameaças eram esperadas e que bin Laden tem pouca ascendência sobre a AL-QAEDA-NO-MAGREB.

A França enfrenta crise para a qual não há soluções simples e óbvias. Passam-se semanas, e a Al-Qaeda no Maghreb ainda não apresentou as exigências para libertar os reféns. Evidentemente, há opções realistas e que permitirão saída honrosa à França. Mas ninguém fala delas, porque todos pensam no “elefante na sala” – a Argélia.

Explico-me melhor: se, como muitos creem, a Polícia da Argélia (DRS) exerce tão forte influência sobre a AL-QAEDA NO MAGREB no Sahel, pode-se supor que consiga negociar a libertação dos reféns, sob argumentos religiosos ou humanitários, em troca de alguns atos que não chegarão a custar caro demais para a França.

A Argélia cobrará caro essa intermediação, e exigirá provavelmente maior liberdade para as operações da polícia e da segurança argelina na França, ajuda francesa na União Europeia para enfraquecer o Marrocos etc. Podem ser custos politicamente aceitáveis para Nicolas Sarkozy – o presidente francês que é o principal responsável por a França ter-se metido nesse atoleiro –, dado que são exigências que poderão ser mantidas longe da opinião pública ou só divulgadas parcialmente e não serão muito claramente compreendidas pela opinião pública.

A Argélia sairá perdendo?

O cenário que se pode prever como resultado na Argélia, não na França, é bem menos positivo para a Argélia, que pode acabar por perder tudo. A maioria dos vizinhos já começa a acusar o país de ter ‘criado’ a ameaça terrorista da AL-QAEDA-NO-MAGREB no Sahel.

Cheikh El Moctar Ould Horma, ministro da Saúde da Mauritânia, sugeriu recentemente que a Argélia seria “porta-voz” da AL-QAEDA NO MAGREB; várias vozes, na mídia marroquina acusaram Washington de estimular a atitude da Argélia, de divulgar a AL-QAEDA-NO-MAGREB como “organização terrorista”; alto membro das forças de segurança do Mali acusou a Polícia argelina de cumplicidade (“é o coração da AL-QAEDA-NO-MAGREB”); a Nigéria já se manifestou contra o papel da Polícia argelina na desestabilização política do norte da África; e Muammar Gaddafi da Líbia tem sugerido que o principal problema da região é a polícia argelina.

A crescente oposição regional à Argélia evidenciou-se claramente na conferência regional de segurança em Bamako, 13-14/10/2010. A conferência, proposta pela França, enfureceu a Argélia, único Estado regional com capacidade militar para enfrentar a AL-QAEDA-NO-MAGREB no Sahel.

A Argélia, de fato, com amplo apoio (que o Marrocos chama de “encorajamento”) dos EUA, tem usado a presença da AL-QAEDA-NO-MAGREB no Sahel para ampliar a própria influência na região. Tem-se oposto portanto fortemente a qualquer intervenção externa e impôs – meio caricata ou teatralmente – alguns procedimentos ditos “de segurança/inteligência” que só se aplicam na Argélia e em seus três vizinhos mais fracos – Mauritania, Mali e Niger. Assim, a Argélia trabalha para manter o (precário) controle que tem hoje sobe a região.

A temeridade do Mali, que sugeriu que o Marrocos – que a Argélia tenta excluir de qquer participação na segurança do Sahel – fosse convidado àquela conferência de segurança foi como sacudir pano vermelho à frente do touro. 

Resultado disso, a Argélia boicotou a conferência – da qual participaram especialistas em antiterrorismo de todos os países do G8 (Grã-Bretanha, Canadá, França, Alemanha, Itália, Japão, Rússia e EUA) e de Burkina Faso, Mali, Morocco, Nigeria e Senegal, além de representantes da Espanha, Suíça, Austrália, União Europeia, União Africana e Comunidade Econômica dos Países da África Ocidental [ing. Economic Community of West African States (ECOWAS).

O número e a representatividade dos que participaram da conferência de Bamako podem ser interpretados como expressão de repúdio de várias nações da região e com interesses na região ao papel que a Argélia tem tido na ‘fabricação’, na amplificação e, inclusive, no management do ‘terrorismo’ na região, desde que a polícia argelina envolveu-se no sequestro de 32 europeus que foram feitos reféns no Sahara argelino em 2003.

Se as forças regionais continuarem como até agora, a se manifestar cada vez mais claramente contra a Argélia, talvez a França consiga encontrar espaço e oportunidade para restabelecer e talvez até ampliar sua influência na região. Embora esse cenário não colabore necessariamente para a sobrevivência dos reféns, pode-se conjecturar, pelo menos que, por essa via, o maior perdedor venha a ser a Argélia, não a França.

Seja como for, só uma consequência da atual situação no Sahel parece definitiva: todos os países da região – Mali, Mauritânia e Niger – trabalham para conseguir substancial aumento na ajuda “para ampliar os serviços de segurança e o desenvolvimento da região” que lhes virá da União Europeia, em 2011. 
-------------------------

 *Jeremy Keenan é pesquisador associado da Escola de Estudos Orientais e Africanos da Universidade de Londres. É autor de The Dark Sahara: America's War on Terror in Africa.

Nenhum comentário:

Postar um comentário

Registre seus comentários com seu nome ou apelido. Não utilize o anonimato. Não serão permitidos comentários com "links" ou que contenham o símbolo @.