segunda-feira, 18 de outubro de 2010

A HISTÓRIA É MÃE E MESTRA

*José Flávio Abelha

De novo dona História bate à nossa porta.

Os que pensam que é aquele menino que está distribuindo santinhos do Serra com a assinatura de Jesus (É isso mesmo?) ou o panfleto de um acanalhado príncipe da Igreja Católica não vão abrir a porta. Outros, não vão receber a visitante e tem gente que vai receber dona História, ouvir a sua pregação e dar de ombros.

Volta a História a nos chamar a atenção para os fatos, os mais recentes.

Quem visita a Rússia fica pasmado quando vê o que ficou da época dos tzares e conclui com facilidade que a revolução socialista em gestação na Europa ocidental seria naquelas paragens.

Enquanto uns idiotas pensavam que o movimento iria estourar na Alemanha, Vladimir Illitch Ulianov (Lênin) ia rumo à estação Finlândia e todos sabemos dos acontecimentos posteriores.

O fértil terreno estava ali, mas ninguém queria ver.

O vento deu seu giro e um alemão, sem eira nem beira, mas bem falante é preso. Atrás das grades escreve um livro, um tal de Mein Kampf (Minha Vida) que ninguém lê. Idéias de um ex-cabo, um militar medíocre, com um monte de propostas, pensamentos exóticos e, dizem, mal alinhavados.

O militar medíocre, político menor, num passe de mágica assume o Poder e coloca em prática todas as suas idéias, pensamentos e propostas. Ninguém leu ou deu atenção ao Minha Vida. Todos sabemos do resultado da falta de uma leitura sobre o que Adolpho pensava.

Vargas redige e distribui entre os amigos uma carta na qual prevê o pior e explica os motivos de um possível desenlace.

Todos sabem da carta, um Testamento, ninguém dá a devida atenção, os fatos são acelerados pelo corvo Lacerda, que se dizia advogado mas não possuía qualquer diploma, jornalista de verbo fácil e corrosivo. Mais que o gesto trágico do Presidente é a sua denúncia.

E dona História registrando tudo, principalmente olhando, a cada acontecimento marcante, a lixeira onde os incautos costumam jogar previsões, à primeira vista, inacreditáveis pelo inusitado.

O Grande Aiatolá Sayyid Ruhollah Musavi Khomeini asilado na França por força de sua expulsão, passa os dias orando e redigindo um pequeno livro de pensamentos e ações. O mundo dá o seu giro, Khomeini regressa à sua pátria nas asas da Air France e coloca em prática, de imediato, tudo que escrevera no livrinho que ninguém perdeu tempo em ler.

Agora, hoje, na ante-sala das eleições, surge a mais grave denúncia destes tempestuosos tempos de campanha, onde santinhos, rezas e o nome de Deus são os argumentos, cortina de fumaça para o que está sendo maquinado ardilosamente para ser colocado em prática se o senhor José Serra for eleito Presidente do Brasil.

A denuncia abaixo é gravíssima e é preciso que os homens de bem desta nação tomem conhecimento dela.

O jornalista Laerte Braga descreve, com minudência, o que o “Pharol de Alexandria”, o desinteressado e distante safardana FHC está - em linguagem policial – na calada da noite, tramando contra os interesses do povo brasileiro.

De novo a História nos alerta. Muitos imbecis vão dizer que é um factóide da situação petista, invencionice de um jornalista que nada tem a fazer.

Desta vez não podemos pagar para ver. Sairá muito, mas muito caro mesmo.

É o Brasil atirado na orquestração geoestratégica do concerto das nações.

*Mineiro, autor de A MINEIRICE e outros livretes, reside na Restinga de Piratininga/Niterói, onde é Inspector of Ecology da empresa Soares Marinho Ltd. Quando o serviço permite o autor fica na janela vendo a banda passar.